VÁ A ANDANDO, SE PUDER!
Nos 28 artigos da Política Nacional de Mobilidade Urbana,, não existem referencias às palavras “pedestre” ou “calçadas”. Ou seja, caminhar não é uma modalidade de mobilidade reconhecida (pela política!)).
Sem obedecer a padrões de qualidade, de segurança e de materiais, as calçadas tornam-se obstáculos à mobilidade urbana sustentável. Se uma calçada tem um buraco, um desnível intransponível ou uma inconformidade qualquer, a queixa é individual, do cidadão/caminhante e perde-se em um labirinto burocrático que pode simplesmente fazer desaparecer a demanda.
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POR ONDE PASSAR? |
Alguns critérios podem ser usados para que tenhamos uma calçada onde todos podem circular sem o perigo de sofrer um acidente.
1. Irregularidades no piso;
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BACAXÁ, AV. SAQUAREMA, 7,25 HORAS. |
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2. Largura mpnima de 1,20 m;
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BACAXÁ, AV. SAQUAREMA, EM FRENTE A MAROCAS (7,20 horas) |
3. Inexistência de degraus e e de outros obstáculos que dificultem ou impeçam a circulação;
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Av. Saquarema próximo ao Queijão, 7,15 horas. |
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Ŕua Prof. Souza, em frente a praça (7,35 horas) |
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Bacaxá, parte da calçada das Casas Bahia (7,30 horas) |
4. Presença de rampas acessíveis;
5. Iluminação adequada;
6. Sinalização e paisagismo.
Os problemas mais comuns que encontrei foram:
- buracos, imperfeições nos pisos, remendos, falta de rampas de acessibilidade, degraus e obstáculos que impedem a circulação de pedestres e cadeirantes.
Do ponto de vista do comportamento do pedestre, a não padronização das calçadas acaba resultando em um outro problema: o costume de trafegar pelas ruas e pelas ciclofaixas (ver postagem Sustentabilidade e Ciclovias).
Ainda existe a ocupação das calçadas pelos carros.
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AV SAQUAREMA, POR VOLTA DAS 7,15 HORAS. |
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AS FOTOS FORAM FEITAS ANTES DO COMÉRCIO ABRIR E AS DIFICULDADES QUE TIVE PARA ANDAR FORAM GRANDES.
A legislação brasileira deposita a responsabilidade da manutenção dos passeios sobre os proprietários e ignora que a calçada integra o sistema viário de circulação. Por isso, temos uma colcha de retalhos ou melhor, de obstáculos.
Mesmo com as regras gerais da ABNT, cada município pode criar uma legislação própria. O gestor que conseguir tomar conta das calçadas, mesmo se não fizer mais nada pela mobilidade, já terá feito muito.